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Leandra Leal – Nome Próprio

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Os flmes brasileiros devem ficar em cartaz. Leandra Leal deve ficar em cartaz, agora, neste filme Nome Próprio e nos próximos. Boas atrizes devem ser vistas, muitas semanas, várias vezes. Em telinhas e telonas. Todas as loas para ela. A menina da Ostra se fez uma das meninas dos Olhos do cinema nacional. Talvez a menina, puta atriz, é isso.

Troféu Gato de Ouro.

P.S.: Como o ano é de Machado ou quase isso, eu digo, se há alguém para fazer Capitú é ela. Seria a minha escolha. Preciso falar dos “olhos de ressaca”? E o que é aquela cena do filme do Murilo em que ela quase se afoga e quase leva o moço feito sereia? Quase leva e leva. Engole. O olhar diz mais que a nudez, muito mais.

+ Miranda July

Ela escreve um tanto como se move neste clip, gestos simples e de repente tudo é tão bem composto, mesmo os saltos e cortes brutos. Ela é bonita como seu livro, como sua imagem, seus gestos. Há uma frieza nisso tudo, como mostra o clip, em que atua, mas não dirige. O quanto o corpo de um autor fala de sua obra? Não quero exumar ninguém, nem colocar cérebros em formol, mas que o corpo revela, revela, mais uma vez: vocês sabem do que eu estou falando.

Miranda July stars in the new Blonde Redhead Video (dir. Mike Mills).

É claro que você sabe do que eu estou falando

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Não conhecia sequer o nome de Miranda July, o ouvi a primeira vez numa oficina do Marcelino, dica de Marcela Lordy. Estou encantada com o seu livro É claro que você sabe do que eu estou falando (No One Belongs Here More Than You). Há muito não me animo assim com ficção, ela tem uma pala que eu gostaria de ter quando crescer, mas temos a mesma idade… Ela escreve com imensa leveza sobre o que pesa, agiganta e até pode matar. Sim, os pequenos cacos cotidianos que podem nos rasgar os pés. Sobre o que não podemos ou não queremos ver, o que apenas pressentimos, o que fica no ar e nos asfixia aos poucos, seja tesão, seja lá o que for. Como ela pode chegar tão perto das coisas duras e nucleares como se apenas as sobrevoasse? Como escreve como quem vê de cima, mas está chafurdando dentro? Sua verve nos envolve em sua linha louca louca louca e lemos e lemos sem perder o fio. Uma urdidura profunda, mas tão, tão elegante que nem aparece. Esta escritora pisa firme como quem flana. A carta roubada de Poe, o sinistro de Freud, tudo tão estranho e tão familiar, à mão. Tão à mão que podemos deixar escapar, você sabe do que estou falando.

Lalarilalááááá

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Com que roupa eu vou ao samba que você me convidou? Com que cara? Com que máscara? Com que fake-lero-lero-disfarce? Eu não vou. Fico, estaco. Saio do prumo e do gosto geral da nação. Fico só-só-só. Procurando sarna pra me coçar e coisas belas para elevar a cabeça, aprofundar o verbo, achar o veio. Estou perdidinha da silva, mas nunca tão em foco, tão na minha, aqui e acolá. Lendo. Muita coisa boa pra ler. Minha distração-alavanca-saída da tumba é ler. É nesse comprimento de onda que estou. Volto já a postar com gosto e gozo. Como sempre: adios pampa mia, porque nunca se sabe e o abismo é que manda e acena pro salto.
Lalarilalááááá.

Gato fashion porc

O Gato anda com muito trabalho devido à nova coleção inverno 2008, já apresentada em inúmeros eventos brasilis e mundiais. São tantas as pressões, os pedidos e as demandas que ele já não tem tempo de postar seu patchwork litero-visual. Por isso fica por aqui e posta as palavras capitais da renomadíssima crítica de moda Luciana Penna para o hebdomadário Cat Hoy :

“A coleção do Gato para este inverno é fantástica. Despojadíssima, alémdo bom humor que é sua marca registrada. O conceito é o da roupa reciclável, reutilizada até o esgarçamento, com toques lúdicos e infantis. O Gato propõe uma verdadeira Never Land, em que o estilo mendicante se casa com a fantasia de toda mulher de ser uma princesinha que nunca cresce. As modelos roliças endossam o partido escolhido pela estilista. Com a temática dos Três Porquinhos Gato traz à moda quilos a mais, maior calor e responsabilidade social.”

pant 1

Pantufa sobre puf, uma tendência certa. Observe o charme do moleton velho hering-vintage com uma camisola sobreposta, de flanela, of course.

pant 2

Uma dica simples é sempre deixar as barras e as meias em alturas desiguais, num descontrutivismo à lá-à lá. As meias devem ser necessariamente de camelô ou as de pacotão das lojas de departamento, leve 5 e pague 4, obviamente já batidas em coopers e invernos anteriores. A proposta é que estejam amareladas, lembre-se: nada de alvejantes neste inverno.

pant 6

Em detalhe o carro-chefe da coleção: a pantufinha animada para aquecer e alegrar seus dias. Nos dias de chuva envolva em sacos plásticos seus pés. Num toque de gênio o Gato faz uma alusão ao lixão e a reciclagem. Seu leitmotiv se faz presente em cada peça.

pant 5

Eis o look completo. Não esqueça o casaco de lã já mofado, estenda por 30 minutos ao sol ou ao vento, como preferir, e o vista sem cerimônia. Mantas das Casas Pernambucanas fazem as vezes dos chales do inverno passado.

pant 8

Nem mesmo seu pet resistirá a essa tendência, ele se sentirá em casa e confortável tanto quanto você.